INÊS DE CASTRO - RAINHA DEPOIS DE MORTA:
Muitos devem conhecer a famosa frase ''Agora Inês é morta!'', mas poucos sabem quem foi esta Inês ou se ela existiu.
A famosa frase é ilustrada por uma Inês real, que viveu uma vida digna de um filme...
Os pais de D. Pedro, desde muito cedo tentaram arranjar-lhe um matrimônio, até que aos 19/20 anos, seu pai enviou mensageiros ao reino vizinho de Castela, pedindo a mão de Constança Manuel. O pedido foi aceito e em 1340, Constança chegou de Castela rodeada de cortejos e damas de companhia.
Entre suas damas, encontrava-se a jovem loira de olhos azuis Inês de Castro, não demorou muito para Inês e D. Pedro apaixonaram-se loucamente. Apesar disto, D.Pedro acabou casando-se com Constança. Porém, o tempo passava, e D. Pedro continuava a encontrar-se com Inês, iniciando então, um grande romance.
Seus tórridos encontros chegaram aos ouvidos do rei e da rainha, que furiosos, radicaram Inês em um convento em Coimbra.
D. Pedro não podia visitá-la, porém, continuavam trocando cartas de amor através dos grossos muros do convento.
Mais tarde, ao sair do convento, Inês instalou-se definitivamente no que hoje é conhecido em Portugal como a ''Quinta das Lágrimas''. Após a morte de Constança, D. Pedro e Inês enfim puderam desfrutar o amor que um possuía pelo outro.
Esta situação não agradou nada ao rei, pois intrigas na Corte, faziam ele acreditar que a família de Inês queria que seus descendentes usurpassem o trono.
Ao reunir-se com os nobres senhores Diogo Lopes Pacheco, Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves, o Rei resolveu que a única solução possível, era acabar com o romance de seu filho e a galega Inês.
Em Janeiro de 1355, D. Afonso IV e os três fidalgos, aproveitaram a ausência de D. Pedro, que havia partido para uma caçada e foram até ao pavilhão de caça, onde encontraram Inês sozinha. Ao perceber o que iria acontecer, Inês implora que não a matem, mas nada adiantou...Os três fidalgos não tiveram piedade e apunhalaram Inês à sangue frio.
Ao saber do destino de sua amada, D. Pedro, cheio de dor e rancor, declarou guerra ao pai. Ao fim de alguns meses, após negociações, assinou-se a paz. Porém, após a morte de seu pai, D. Pedro subiu ao trono e mandou procurar os assassinos de Inês. Diogo Lopes Pacheco conseguiu fugir para França, mas Pêro e Álvaro foram executados. Retiraram-lhes os corações (um pelo peito e outro pelas costas) e queimaram os seus corpos, enquanto D. Pedro I se banqueteava.
Segundo consta nos registros portugueses, dois anos mais tarde, após construir um suntuoso túmulo para Inês, D. Pedro I mandou desenterra-la e sentá-la no trono perante o povo português. Lá ele corou-a Rainha de Portugal e obrigou todos os nobres presentes a beijar a mão da sua amada. Hoje ambos descansam no Mosteiro de Alcobaça um de frente para o outro.
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