PRISÃO DOMICILIAR
Não é adequado esperar a pessoa morrer para, depois, tirar as algemas do morto.
Porém, alguns demoram um pouco mais para conseguir o benefício.
Airton é o nome da pessoa da foto. A imagem é de 2011. Condenado por roubo de um chinelo, foi vítima de tuberculose na prisão. Perdeu um pulmão. Após a cirurgia de extração, voltou a dividir uma cela com capacidade para 08, mas que abrigava 38 presos. A limpeza do ferimento, na época, era feita por outros detentos: “enquanto um abanava as moscas, outro despejava água morna”, aquecida com uso de “rabo quente”.
A infecção produziu um buraco pelo qual era possível ver o coração bater.
A saída do Presídio Central de Porto Alegre obedeceu o ritual que sempre acontece: Airton saiu da prisão somente com a roupa do corpo, sem identidade, sem CPF, sem nada, mas com o documento da VEC atestando que estava livre.
FONTE:Brasil Verdadeiro
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