Jang Song-tahek, tio do ditador norte-coreano Kim Jong-un, foi executado por ser considerado "traidor", informou na quinta-feira, 12, a agência oficial KCNA. Jang foi executado após ter sido condenado por uma corte marcial especial.
No começo da semana, a Coreia do Norte havia confirmado o expurgo de Jang, mentor e conselheiro de Kim Jong-un, em um evento que contou com uma rara transmissão de imagens humilhantes do líder político sendo levado por oficiais uniformizados de uma reunião do partido.
Segundo a KCNA, o tio de Kim tinha sido destituído de todos os cargos que ocupava e expulso do partido sob a acusação de cometer atos criminosos e de criar uma "facção" que desafiava a liderança de Kim. Há dois meses, dois assessores de Jang tinham sido executados também sob acusação de traição.
Em agosto, uma ex-namorada de Kim Jong-un, a cantora Hyon Song-wol, também fora executada depois de ser condenada por "produzir e vender pornografia". Segundo fontes norte-coreanas, Kim manteve um romance com Hyon há mais de dez anos. O casal separou-se em razão da desaprovação do pai de Kim, Kim Jong-il. Depois de separar-se de Hyon, Kim casou-se com outra cantora, Ri Sol-ju, que integrava a mesma orquestra da ex-namorada, que se uniu a um soldado norte-coreano.
O anúncio de execuções e a exibição pública de suspeitos sendo algemados e amarrados antes de serem levados por agentes do governo não são comuns na Coreia do Norte, o que leva à suspeita de que a morte seja algum recado aos "inimigos do governo".
FONTE:Estadão
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