A pequena Maria Clara, de dois anos, está, neste momento, dentro do centro cirúrgico do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá. Os médicos estão realizando uma espécie de dreno para a retirada do líquido do crânio da menina. O procedimento começou há pouco.
A informação foi confirmada pela assessoria de marketing da Unidade de Saúde. Com a implantação do dreno, a previsão é que demore em torno de 60 dias para a eliminação de todo o líquido. Em seguida, a menina e o pai podem seguir viagem para Curitiba, onde será submetida a uma cirurgia reparadora. Todo o tratamento já está garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Maria Clara foi internada na terça-feira (14) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa e transferida na manhã dessa quinta-feira (16) para o Santa Rosa. Inicialmente, Maria Clara realizaria somente os exames, mas após a consulta com o médico neurologista Wilson Novaes, foi detectado a necessidade da drenagem do líquido que se acumula dentro do crânio da criança.
A criança chegou a Cuiabá na semana passada, para iniciar tratamento médico, depois que o RepórterMT mostrou o drama da famíla, um pai e cinco filhos, que vive com apenas o benefício recebido pela menina, de apenas R$ 724,00.
O caso gerou comoção nas redes sociais e a reportagem acionou o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), que providenciou todo o trâmite para trazer a menina para a Capital e, posteriormente, levar para Curitiba-PR, onde deve ser tratada. Ela veio acompanhada pelo pai, Claudemir Dias da Silva e uma assistente social.
De acordo com informações da assistente social Edite Rocha, que está acompanhando a menina desde a cidade de Alta Floresta, onde a família mora, os exames da criança estão dando resultados positivos e a melhora é visível. “Foi muito bom ela ter sido internada. Assim ela já recebeu o atendimento necessário e antecipou muitos exames que seriam necessários para a implantação da válvula”, diz. A previsão é que Maria Clara fique por tempo indeterminado em Curitiba.
A data para a viagem da menina ainda não foi marcada, pois a avaliação médica é necessária para a liberação. Mas todo o tratamento já foi garantido por intercessão do Conselho Estadual dos Direitos da Criança, depois de acionado pelo RepórterMT, que teve acesso a uma reportagem local da TV Nativa, emissora afiliada à Rede Record em Alta Floresta.
Acionado pelo Site, o presidente do CEDCA, Mauro Cesar Souza, comunicou o caso ao Conselho Tutelar da cidade, que ainda não sabia da situação. De posse de um relatório local, o CEDCA providenciou viagem da criança para Cuiabá e posterior tratamento no Paraná.
COMOÇÃO NA CIDADE
A população da cidade e de outras regiões do país, que viu a reportagem, através das redes sociais, se mobilizou e Claudemir já recebeu a doação de alimentos, medicamentos, roupas e dinheiro. A família vive numa casa simples, sem conforto e precisa de todo tipo de ajuda material, mas o pai implora mesmo é por atendimento médico adequado.
“Recebemos doações de todo o Brasil, e agradecemos muito. Mas queremos mesmo é um médico especialista que tenha amor à profissão e receba o caso da Maria Clara”, diz o pai às lágrimas. A cirurgia é de alto risco, mas é a única forma de Maria Clara ter uma chance, mesmo que pequena, de sobreviver. Se permanecer como está, a o risco de morte precoce é de 100%.
AJUDA MÉDICA E DOAÇÕES
Claudemir abriu uma conta poupança na Caixa Econômica Federal (CEF) para receber ajuda financeira. Para colaborar com a família, os interessados podem fazer depósitos de qualquer quantia na Conta número 71451-7, operação 13. Na Agência 1385. O telefone de contato de Claudemir é (66) 9239-5207, em Alta Floresta.
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